sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sobre o 7º aniversário

Como ainda nao tivemos a oportunidade de mostrar imagens das comemorações do 7º aniversário do clube, nem o tradicional discurso do presidente, estamos agora em condições de o fazer.
Foram estas as palavras:
Está aqui uma representação pequenina do que é o Núcleo de Xadrez, faltam aqui muitos dos nossos amigos, mas nunca pensei quando tive esta ideia de formar o Núcleo de Xadrez de Santo Tirso, de ter momentos tão agradáveis, tão simpáticos, tão amigos como este que estamos a ter.
Sinto-me aqui realmente como se me sentisse em família, ou até às vezes talvez melhor, portanto é com prazer muito grande que estou aqui e que olho para os vossos rostos e que também vejo que compartilham desse mesmo prazer.
Em relação ao Xadrez, posso dizer que as coisas não são fáceis, como nada tem sido fácil, toda a gente vê que apesar dos nossos sete anos temos sido praticamente sempre os mesmos, não tem crescido muito, não tem desenvolvido muito, porque o Xadrez realmente é uma disciplina que não é fácil, mas para além de não ser fácil acho que o principal problema está em que hoje em dia as pessoas estão muito voltadas para uma diversidade muito grande, têm muitos interesses e há muitas ocupações, eu acho que nós vivemos num mundo de desperdício, não só de meios como também de oferta, hoje acho que se estraga muito e as pessoas vivem de um indefinição muito grande e isso também se reflete no Xadrez. Porque é que não há mais miúdos a jogarem xadrez? Porque é que nós, apesar desta boa vontade que todos nós temos e de acolhermos os jovens lá no Núcleo de Xadrez, porque é que não há mais gente a chegar ao Xadrez, porque é que não há mais jovens a experimentar e a aprenderem a jogar, e família que ajude e que acredite no Xadrez como forma de viver e comparticipar e isso não se tem visto muito, não temos realmente crescido muito.
Eu hoje já me dou por feliz, por já ter um grupo muito bom, que é este grupo, e acho que por mim já consigo viver assim, parece que já não faz falta mais ninguém, embora eu ache que era bom que realmente, por vezes, um ou outro se juntasse e o Núcleo fosse crescendo alguma coisa, porque tenho receio que nós, por sermos poucos, um de nós, alguns de nós, por um motivo ou outro, não puderem ou tiverem outras atividades, isto que temos semeado e que esta nossa experiência, esta nossa vivência, acabe por desaparecer, esse é que é o meu grande receio, é que as coisas às vezes andem para trás, porque nas sociedades é assim, tanto se caminha e se progride, como há recuos e esse recuo para mim era se o Núcleo de Xadrez deixasse de existir, era um recuo muito grande, não só uma derrota também pessoal, como acho que faz falta a Santo Tirso e que faz falta à nossa sociedade, como fazem falta os clubes de xadrez e estas associações.
É muito bom viver em sociedade e é muito bom cooperar, e acho que realmente um dos valores mais importantes que nós podemos desenvolver é a cooperação. Eu nunca mais me esquecerei duma camisola de um miúdo que estava a jogar xadrez. Olhei para ele e vi na t-shirt uma máxima que achei muito interessante, que dizia “vê como podes ajudar”, achei muita piada, porque é isso tudo que nós podemos fazer, como é que nós podemos ajudar, ver como é que podemos cooperar, como é que podemos colaborar; aqui há uns anos lembro-me de ter lido numa mensagem do Papa, que o novo nome da paz é Ecologia (…). Eu acho que o grande nome da paz é Cooperação, e acho que cooperação nestes termos, com a boa vontade de todos conseguimos fazer aqui um pequeno banquete com aquilo que cada um gosta de fazer, de comer, e dá a esta mesa esta alegria toda e esta festa que estamos aqui a viver.
Quero agradecer a todos essa cooperação e essa boa vontade, e também quero desejar que o Núcleo de Xadrez de Santo Tirso comemore muitos múltiplos de sete, hoje é o sétimo ano, portanto outros catorze, vinte e um, vinte e oito e por aí fora.
Muito obrigado.

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