Um bom combate com um final de jogo sem grande alarido, onde o campeão mundial Viswanathan Anand talvez tenha jogado de forma segura nos últimos lances para não conseguir mais do que empatar este terceiro jogo frente a Boris Gelfand.
A posição era complexa e parecia promissora para o indiano, mas os especialistas e comentadores não conseguiram nunca chegar a uma conclusão final sobre para quem pendia a partida, e só recorrendo à utilização de motores puderam, mais tarde, tecer conclusões mais determinantes.
Foi um dos raros jogos em que Anand se deparou com apuros de tempo e sob ameaça de mate, com ambas as torres de Gelfand a pressionarem fortemente o último reduto das brancas. O jogo durou 37 lances e conseguiu prender a atenção dos espetadores durante a maior parte da partida,
Contrariamente aos dois primeiros jogos, este exigiu dos jogadores lances precisos para manter o equilíbrio nas 64 casas.
Gelfand escolheu a Defesa Gruenfeld numa repetição do primeiro jogo mas, desta vez, Anand estava devidamente preparado e optou por 3.f3, que conduziu a uma batalha muito complicada na abertura sob uma posição dinâmica mas desequilibrada.
Um Gelfand confiante a jogar de forma rápida deparou-se com um Anand a fazer valer um peão a mais na coluna d. Quando esse peão atingiu d7, Gelfand dobrou as torres na segunda linha e, de forma desesperada, forçou o empate.
Contudo, é possível que o campeão do mundo tenha falhado uma linha vencedora quando o seu tempo escasseava,
Anand rocou para a ala da dama, mas foi Gelfand que esteve no ataque nos momentos iniciais. A sua dama e torres juntamente com o seu cavalo, continuaram a pressionar o rei branco. As peças de Anand no lado da ala do rei estavam ainda por desenvolver pelo que Gelfand sacrificou um peão. Anand, contudo, trocou as damas, bispos e cavalos e parecia melhor para tentar a vitória. No entanto, um cauteloso movimento da torre no lance 35, condenou a partida a terminar mais uma vez com a divisão dos pontos.
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