sábado, 3 de novembro de 2012

Boris Gelfand em entrevista

Tornou-se um ícone no seu país após ter obtido, aos 44 anos, a qualificação para lutar pelo título mais desejado no xadrez, no Campeonato do Mundo.
Quando quase toda a gente dizia que o seu esforço seria inglório, ele conseguiu empatar a série de 12 jogos clássicos e, apenas num apertado tie-break, perdeu para o seu oponente, o indiano Anand.
A sua paixão pela modalidade começou cedo, aos 4 anos, quando o seu pai lhe ofereceu um livro ainda no seu país natal, a Bielorússia.
A Rádio Xadrez do Brasil entrevistou-o recentemente, e aqui deixamos as mais curiosas respostas :


RX: Muita gente diz que a única possibilidade que o xadrez tem de ser transmitido pela televisão é no formato de jogos rápidos ou blitz. Julga que esta é uma possibilidade num futuro próximo ?
BG: Julgo que as pessoas, hoje em dia, estão obcecadas pela TV. Estou certo que as tecnologias modernas, especialmente a internet, são indicadas para a modalidade, e os organizadores das diversas competições devem utiliza-las de forma efetiva na sua promoção em todo o planeta, e dando aos fãs os melhores comentários, lições, e oportunidades de jogarem uns contra os outros.
RX: Tem Twitter ou Facebook ?
BG: Não, prefiro passar o tempo com a minha família e a preparar-me para os confrontos.
RX: O que julga ter-lhe faltado para poder ter vencido Anand ?
BG: Julgo que foi apenas falta de precisão em alguns momentos decisivos, e falta de sorte no tiebreak.
RX: Ainda há tempo para ser campeão do mundo ?
BG: Sim, claro.
RX: Disse que é impossível ter muitos amigos verdadeiros. Quem são os seus amigos no xadrez ?
BG: Julgo que Levon Aronian é um bom amigo, e espero que ele pense o mesmo...

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