Um dos maiores confrontos da história entre homem e máquina, foi a série de partidas de xadrez entre o ex-campeão mundial Garry Kasparov e o supercomputador da IBM, Deep Blue. O computador saiu vitorioso no que foi considerada uma grande vitória para a computação, mostrando todo o poder que pode ser alcançado no setor da inteligência artificial. O confronto teve lugar há 15 anos.
Agora, um livro recém-lançado, mostra que a vitória pode não ter acontecido devido ao grande nível de programação feita pelos engenheiros IBM, mas sim por uma falha no sistema do Deep Blue.
Segundo uma passagem do livro "The Signal and the Noise", do autor Nate Silver, jornalista do The New York Times, um dos responsáveis pela programação do Deep Blue para o torneio de xadrez de 1997 disse que, na primeira partida contra Kasparov, o supercomputador apresentou uma pequena falha que o impediu de escolher uma jogada lógica.
Por causa desse erro, o sistema optou pela única saída possível, que era realizar um movimento aleatório. Graças a esse movimento, o campeão mundial de xadrez não entendeu qual era a lógica utilizada pelo supercomputador e começou a acreditar que a jogada contra intuitiva, poderia ser um sinal de inteligência superior.
- "Ele nunca considerou que aquilo era um simples bug,” declarou Campbell. Isso criou-lhe uma dificuldade que chegou ao segundo jogo e levou o supercomputador à vitória.
Para muitas pessoas a disputa não passou de um teatro. Uma jogada de marketing para elevar as ações da IBM, opinião que o documentário Game Over: Kasparov and the Machine só ajudou a reforçar. No entanto, tenha sido a derrota do russo fruto de um acordo, da superioridade da máquina ou mesmo de uma falha, o facto é que Kasparov esteve em desvantagem desde o início já que o seu adversário conhecia todo o seu histórico de jogadas, não se cansava e nem estava suscetível à pressão psicológica, qualidades estas que só reforçam o talento daquele que é considerado por muitos como o maior jogador de xadrez de todos os tempos.
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