sábado, 25 de julho de 2009

Subsídios camarários...

O Clube de Xadrez de Sintra a militar na 2ª divisão nacional não é, por certo, desconhecido dos amantes da modalidade.
Na verdade, aquele clube aparece com frequência a disputar os títulos nacionais ( 2ª divisão e taça de Portugal ) contando nas suas fileiras vários jogadores com elo acima dos 2000 pontos.
Durante as minhas férias no Algarve encontro-me todos os anos com o vice-presidente da edilidade sintrense Marco Almeida (a mesma câmara cujos destinos são comandados pelo conhecido político social-democrata e indefectível benfiquista e comentador televisivo Fernando Seara). Marco Almeida na foto à direita
Durante um jantar, perguntei-lhe se aquela Câmara apoiava o xadrez, referindo-lhe aquele mesmo clube. Fiquei então a saber que o Clube de Xadrez de Sintra não é o único que pratica a modalidade no concelho sintrense e que são dispendidos anualmente cerca de um milhão e meio de euros (!!!) para apoiar todo o desporto amador e as colectividades desportivas fomentadoras. O xadrez arrecada uma pequena parcela desse montante mas, mesmo assim, deverão ser-lhe destinados largos milhares de euros.
Não se admire portanto que o dinheiro continue a comandar o sucesso desportivo dos clubes amadores. Quem vê os seus esforços recompensados com apoios financeiros tem, obviamente, maior facilidade em ver esse retorno traduzido em sucessos desportivos. As colectividades que são simplesmente esquecidas por quem tem o dever de as apoiar, deparam-se com obstáculos enormes para manterem em actividade uma modalidade que ainda é vista como à margem de outras mais populares mas que, porventura, não devolvem ao praticante o que o xadrez empresta.
Ao divulgarmos os bons exemplos, prestamos a justa homenagem aos seus praticantes mas sempre na esperança que outros lhes sigam os passos...

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